
Durante a semana passada muito se discutiu sobre as linhas orientadoras da política do governo em matéria orçamental, e a falta de entendimento entre as diferentes bancadas partidárias, antevendo muitos com esta falta de acordo o colapso do governo, e quem sabe mais umas eleições antecipadas. Resumindo mais trapalhada a caminho.
Dada a condição minoritária dos socialistas, coube então ao executivo essa árdua tarefa de encetar negociações à direita, dado que já era mais do que assente a indisponibilidade dos partidos de esquerda (PC e BE) para chegar a qualquer tipo de acordo. Enfim o mesmo de sempre, nem vale a pena fazer mais comentários.
Pensava eu, que a coisa iria ser complicada dado que o PSD e a sua líder ainda não tinham digerido a derrota das últimas legislativas, restando apenas por exclusão de partes o nosso CDS/PP, que poderia então viabilizar o OE.
Bem, e assim foi, o CDS lá manifesta a sua disponibilidade para negociar, impondo as suas condições, fazendo o que se exige aos partidos da oposição neste tipo de situações, que é de negociar e tentar ao máximo fazer valer o seu programa com que se apresentaram ao seu eleitorado nas ultimas eleições.
O moribundo PSD enfim, e dado o protagonismo do CDS, lá vem a público deixar claro que é um partido com sentido de responsabilidade, e manifesta a sua abertura para deixar passar o OE.
Mais uma vez fica bem patente, a falta de visão estratégica dos seus líderes do PSD, razão pela qual obtiveram aquela estrondosa derrota nas últimas eleições.
No meio desta trapalhada acabei por ficar intrigado com toda aquela entrega e troca de elogios mútuos entre esses dois vultos da política (Socas e Paulinho).
Pensei eu com os meus botões, este acordo com o Paulinho “trás água no bico”! Será que aquilo dos submar…não pode ser!
Quanto ao OE, desconheço o conteúdo, se é bom ou se é mau, não faço a mínima ideia, o facto é que o país não pode estar em suspenso. Espero que no meio disto tudo haja estadistas preocupados com o rumo que a nossa tão maravilhosa pátria está a tomar.
Mesmo assim arrogo-me a comentar, que se fossem os outros a fazer se calhar não seria melhor.